No decorrer deste ano que vai chegando ao fim tive de ler exaustivamente uma série de textos críticos, teóricos e históricos relacionados à literatura, seja ela brasileira, portuguesa, russa ou americana, além de outros ligados à linguística (esses, os mais maçantes). Tudo isso porque tive a ideia de cursar Letras. Tudo bem até aí, gosto muito do curso. Mas como todo (ou quase todos) aluno desse curso, gosto muito de ler coisas que são de cunho pessoal. Gostar de ler não significa gostar de ler qualquer coisa. Uns gostam de poesia, outros de prosa, alguns de literatura gótica, aqueles de best sellers, enfim, cada macaco no seu galho, gosto é gosto, todos já sabem. E, tendo chegado esse período abençoado ao qual todos chamam de férias, chegou a hora, para quem gosta de passar horas exaustivas com um livro na mão, de elaborar um roteiro das coisas que lhe apetecem. Inspirado pelo recente comentário da leitora pseudonomeada Sentimental, descrevo meu plano de leitura aqui e explico alguns dos motivos que me levaram a elaborá-lo dessa maneira..
Tenho por gosto de longa data ler livros relacionados ao roman noir. Mas sei que muitas dessas obras foram inspiradas nos clássicos. E, para começar, como já foi visto por aqui, li a famosa peça teatral trágica grega Édipo Rei, de Sófocles. Confesso que gostei muito desse texto e ele realmente tem características parecidas com o romance policial noir. Seguindo pela linha dos clássicos, também tenho a intenção de reler Odisseia, de Homero. Releituras são sempre muito interessantes, pois é aí que enxergamos o que antes não havíamos visto, ainda mais em uma obra ao mesmo tempo simples e complexa como esta, repleta de personagens míticos que servem de modelo para a elaboração de caracteres pertencentes ao nosso tempo. Pretendo também ler algumas obras de Shakespeare, especialmente Hamlet e Otelo.
Mas por que ler esses livros que são tão pouco discutidos entre as pessoas de minha idade? O principal motivo é que o escritor ao qual tenho por meu favorito foi leitor de todos esses clássicos e achei que seria interessante ler o que o inspirou e inspira. Esse autor é o romancista e contista Rubem Fonseca. Dele, possuo vários livros e para as férias pretendo ler os romances O caso Morel, Vastas emoções e pensamentos imperfeitos e O seminarista. Sua narrativa rápida e ultra violenta tem como inspiração alguns autores clássicos do roman noir, como Raymond Chendler, do qual leio no momento Adeus, minha adorada. Como contemporâneos a esse estilo de literatura tenho ainda em minha estante Thomas Pynchon (Vício inerente), James Ellroy (Sangue na lua) e P. D. James (Morte no seminário). Todos para serem ineditamente lidos.
Em posts futuros, relatarei ainda alguma obras aqui esquecidas. A vida é curta e a obsessão é grande.
putz, ler por obrigação é muito ruim.
ResponderExcluirconfesso q desses não li nenhum, mas gostei bastante da lista.
"Definitivamente a leitura nos conforta, nos eleva,nos torna parte,nos torna crítico,nos faz melhor e acima de tudo nos diferencia do igual.
ResponderExcluirObrigado por nos presentear no blog com uma característica diferenciada.
Verdadeiramente você não é comum.Abraço Carinhoso de admirador e amigo:-BYJOTAN."