domingo, 25 de dezembro de 2011

Ficçãozinha II



Minha cidade é sombria. Minha cidade é diabólica. Minha cidade é estarrecedora.
  
Na minha cidade os raios solares quase não tocam o solo por conta da fumaça que paira no ar. Mas não é a fumaça eliminada pelas indústrias fabricantes de metralhadoras que disparam balas revestidas por diamante e titânio. Essa fumaça é gerada pelos milhares de baseados acesos por seus habitantes, que vivem em uma eterna e complexa “viagem”. Esses baseados são vendidos clandestinamente pelos policiais detentores daquelas potentes metralhadoras estraçalhadoras de pensamentos anarquistas.
  
Na minha cidade, os justiceiros mascarados, tal como já foi dito por Bob Dylan, saem à noite para bater nos que sabem mais do que eles. Para esfolar os que infringem o que eles chamam de lei. Para desfigurar os estupradores. Para matar os políticos corruptos. Para decepar os policiais chantagistas. Para capar os pedófilos. Para sujar as mãos de sangue.

Na minha cidade, a noite é repleta de bares lotados por todos os tipos de pessoas: punks, hippies, traficantes, prostitutas, matadores de aluguel. E a trilha sonora que embala as madrugadas, além dos gritos de horror e prazer, é o rock, o jazz, o be-bop.
  
Minha cidade não tem nome. É um lugar no meio do nada. E esse nada tem um nome: imaginação.

2 comentários:

  1. sua cidade precisa de luz e menos fumaça, pq música boa já tem...

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  2. Um conselho grátis!Por favor,sua imaginação precisa ganhar o mundo em forma de livro...Urgente!Abraço de carinho:-BYJOTAN.

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