O sono bem dormido, aproveitado e profundo
sempre foi algo pregado como essencial para a saúde da humanidade. Indiferente
a explicações teóricas e freudianas, esse período de imersa e confortável
penumbra torna-se, às vezes, prazeroso
ou agitado, conforme as situações que se passam em nossa cabeça, guiadas por
algo perdido em nosso secreto subconsciente.
Como mostra o filme A Origem, dirigido por Christopher Nolan, o tempo cronológico dos
sonhos é diferente do vivido aqui, no plano terreno, se é que posso assim me
referir a essa linha temporal convencional. Uma década pode representar apenas
dez horas de sono, cinco horas podem representar alguns minutos de um cochilo
pós-almoço, até sermos acordados por um chute, algo como uma sensação de queda,
o que faz total sentido, pois, afinal, quem nunca acordou a após ter a
impressão de tropeçar e cair no vazio? E o que aconteceria caso nunca fôssemos
acordados? Cairíamos em um inescapável limbo, enquanto nossos corpos e mentes definhariam
feito vegetal.
Na clássica série de histórias em
quadrinhos Sandman, Lorde Morpheus, o
Senhor dos Sonhos, irmão caçula da Morte, vaga através dos sonhos de todos os
que habitam sobre esse planeta. Ele não somente viaja por imaginações
perturbadas por pesadelos como também visita os recantos mais sórdidos criados
pela crença humana, como o Inferno, dirigido por Lúcifer. Para algumas pobres
almas, sonhar é o ato que mais os aproxima de estarem vivos, de viverem num
mundo melhor. Esse mundo fictício, criado por Neil Gaiman e representado pelo
traço de diversos artistas, não se distancia muito do nosso.
Quem nunca se decepcionou ao acordar e
se dar conta de que voltou a uma realidade perturbadora? Enfureceu-se, pois estava
vivendo em mundo perfeito, onde todas as máscaras sociais e identidades
secretas não mais seriam necessárias, pois tudo estava arrumado e arranjado para
dar certo, sem dramas ou esforço, engrenagens bem encaixadas e sistema
calibrado?
Culpa de nossa terrível e criativa
mente, arquiteta engenhosa e traiçoeira. Deve-se ter cuidado com o que se
deseja, pois ela é inventiva ao ponto de criar um universo enquanto dormimos,
totalmente indefesos e desprovidos de controle sobre nossos atos. Aí, haja
força de vontade para voltar a encarar esse mundo que, talvez, seja real.
um universo paralelo q as vezes mantemos só em pensamento, mesmo acordados, pra ver como seria se as coisas acontecessem do jeito q a gente gostaria q fossem.
ResponderExcluirnesse meu universo eu sempre me dei bem. kkk
até o dia em q eu cresci e parei de fantasiar algumas coisas e passei a viver de verdade.