Alguns sites especializados em quadrinhos, como Pipoca e Nanquim, Super Novo e Cruzador Fantasma, fizeram uma lista dos dez melhores títulos mensais editados pela DC Comics, que zerou todas as suas revistas e deu novos mundos e personalidades aos seus super-heróis. Para efeito de informação, sou um dos que acompanham essa tão comentada fase da editora, que investiu pesado para ganhar rios de dinheiro.
Fui leitor desse "circuitão" dos quadrinhos mensais de super-herói por um bom tempo, mais precisamente durante minha adolescência. Parei de colecioná-los há mais ou menos uns dez anos, devido à falta de tempo (trabalho, estudos, enfim, vida adulta que se iniciava) e a baixa qualidade apresentada pelas revistas, editadas no Brasil, naquela época, pela Editora Abril.
Esse restart fez-me voltar a acompanhar, hoje com um senso crítico mais aguçado, esses marmanjos que usam cuecas por cima das calças e combatem o crime. E, confesso, há boas coisas ali.
Nunca fui grande fã do Superman. Sempre o considerei o mais ridículo entre todos os medalhões, com toda a sua pose de certinho e defensor dos fracos e oprimidos. Porém, esse novo Clark Kent que habita uma Metrópolis mais atualizada, surpreende-me positivamente a cada história, fazendo com que, depois de anos, eu tenha aquela ansiedade de menino, esperando impacientemente pela próxima edição. Os roteiristas George Pérez e Grant Morrison estão fazendo um brilhante trabalho em seus respectivos arcos, com um Homem de Aço de personalidade complexa, que destoa daquele que era ligado à infantilidade dos quadrinhos.
Batman, meu favorito, como já mencionei inúmeras vezes, está em grande fase nas mãos de Scott Snyder e Greg Capullo, que fazem histórias de tirar o fôlego, com narrativas dignas de comparação a grandes romances policialescos. Peter J. Tomasi, na revista Batman & Robin (presente aqui no Brasil em A Sombra do Batman), também trouxe, junto com o competente narrador gráfico Patrick Gleason, um Menino-Prodígio sanguinário e violento, filho de Bruce Wayne, treinado pela Liga das Sombras, bem diferente dos Robins bobinhos do passado.
Aquaman, outro medalhão frequentemente ridicularizado, é uma das mais gratas surpresas desse reinício. Geoph Johns e Ivan Reis estão fazendo miséria com histórias empolgantes e com doses inteligentes de violência e suspense. Há ainda a excepcional arte de J. H. Williams III com sua Batwoman, que lembra muito as velozes sequências que só os filmes de ação poderiam representar.
Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna-Verde. Enfim, todos eles estão em grande forma, fazendo justiça ao time de artistas pro trás desse up que as vendas da DC receberam, que é resultado não só de toda a propaganda feita em torno dos títulos, mas também pela qualidade que ali é encontrada.
Além disso, a Panini Comics, sua atual editora brasileira, está fazendo um belo trabalho estético. Para quem nunca gostou dos quadrinhos mainstream, é uma boa oportunidade para cameçar a lê-los.
Afinal, não se sabe até quando essa boa fase durará.
nunca fui interessada nessas histórias, nem mesmo os filmes q vieram depois... pra falar a verdade nem sabia q existiam quadrinhos dessa turma.
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