Durante essa semana, enquanto exercia o meu ofício assalariado diário, recebi uma notícia que me chateou, deveras, um bocado. O pai de um grande e querido amigo acabou por falecer fatal, trágica e repentinamente.
Qualifico assim tal acontecimento pois não havia qualquer tipo de enfermidade que anunciasse o infarto fulminante que o acometeu. Apenas acordou, viu seus dois únicos filhos e sua mulher por alguns momentos, respirou, comeu e bebeu algumas das suas últimas proteínas e foi abraçado por aquela velha conhecida que um dia chegará para todos aqueles que vivem por essas ou aquelas terras.
Quando a morte chega para algum indivíduo que de mim foi muito próximo, seja pela eventual amizade, coleguismo ou até mesmo pela forçosa ou prazerosa convivência familiar, pego-me a imaginar qual e como será o seu rosto. Será ele brando, de forma que ela nos acolha de modo carinhoso em nossa derradeira jornada? Ou severo, como quem diz: "agora você pagará por tudo que fez em vida!".
Desde minha infância até os dias de hoje, as histórias em quadrinhos, os livros e seus roteiristas, escritores e criadores de mente insana deram algumas imagens para a minha doentia imaginação materializar nos meus mais longínquos recônditos cerebrais. Algumas, por conta da idade e da suposta maturidade que vai chegando ao modo de ser dos indivíduos em geral, acabei crendo que seriam um tanto quanto fantasiosas.
A primeira imagem que tive da morte foi por meio de uma personagem criada pelo mestre Maurício de Souza, o inventor da Turma da Mônica. Trata-se de uma morte clássica, com face cadavérica, um tipo de manto negro e uma foice, seu inseparável instrumento de realização da passagem fatídica, ou seja, dessa vida para outra. Porém, como todos que cresceram lendo os quadrinhos feitos por esse artista ímpar, trata-se de uma personagem provida de grande carisma e que arranca sorriso mesmo dos leitores que a leem somente nas salas de espera do dentista.
Uma outra visão que tive dessa que chegará um dia foi de acordo com o livro A menina que roubava livros, escrito pelo australiano Markus Zusak, que a coloca como narradora do romance. Essa versão já não é tão carismática quanto a do brasileiro acima citado, sendo ela fria e apenas relatadora dos fatos que à ela se apresentam. De acordo com a capa do livre (algo que sempre me deixa com um pé atrás), trata-se de uma figura sombria que tem em suas mão um guarda-chuva vermelho.
E a última e mais "atraente" causadora de tristezas é a mais do que famosa e carismática Morte de Neil Gaiman, personagem cativante das histórias em quadrinhos inserida na saga do Senhor dos Sonhos, o Lorde Morpheus, conhecido por uns como Oneiros, ou simplesmente Sandman. De acordo com a genial e criativa imaginação de Gaiman, ela tem a aparência de uma descolada garota de dezenove anos, meio roqueira, meio punk, meio gótica, que trata as suas "vítimas" com apreço e gentileza quando é chegada a hora fatídica.
Enquanto permanecermos respirando por essas bandas, o rosto da morte permanecerá sendo um mistério.O certo é que, uma vez visto, não poderá ser descrito por sua testemunha ocular.
E, particularmente, no momento atual, não tenho curiosidade de sabê-lo.
A primeira imagem que tive da morte foi por meio de uma personagem criada pelo mestre Maurício de Souza, o inventor da Turma da Mônica. Trata-se de uma morte clássica, com face cadavérica, um tipo de manto negro e uma foice, seu inseparável instrumento de realização da passagem fatídica, ou seja, dessa vida para outra. Porém, como todos que cresceram lendo os quadrinhos feitos por esse artista ímpar, trata-se de uma personagem provida de grande carisma e que arranca sorriso mesmo dos leitores que a leem somente nas salas de espera do dentista.
Uma outra visão que tive dessa que chegará um dia foi de acordo com o livro A menina que roubava livros, escrito pelo australiano Markus Zusak, que a coloca como narradora do romance. Essa versão já não é tão carismática quanto a do brasileiro acima citado, sendo ela fria e apenas relatadora dos fatos que à ela se apresentam. De acordo com a capa do livre (algo que sempre me deixa com um pé atrás), trata-se de uma figura sombria que tem em suas mão um guarda-chuva vermelho.
E a última e mais "atraente" causadora de tristezas é a mais do que famosa e carismática Morte de Neil Gaiman, personagem cativante das histórias em quadrinhos inserida na saga do Senhor dos Sonhos, o Lorde Morpheus, conhecido por uns como Oneiros, ou simplesmente Sandman. De acordo com a genial e criativa imaginação de Gaiman, ela tem a aparência de uma descolada garota de dezenove anos, meio roqueira, meio punk, meio gótica, que trata as suas "vítimas" com apreço e gentileza quando é chegada a hora fatídica.
Enquanto permanecermos respirando por essas bandas, o rosto da morte permanecerá sendo um mistério.O certo é que, uma vez visto, não poderá ser descrito por sua testemunha ocular.
E, particularmente, no momento atual, não tenho curiosidade de sabê-lo.
não tenho curiosidade nenhuma em saber como ela se apresenta, mas se até lá descobrirem um jeito de dar oi e tchau eu juro q vou tentar.
ResponderExcluirengraçado q enquanto lia o começo do post, até turma da mônica eu tinha intenção de comentar sobre o livro A menina q roubava livros, e vc me surpreendeu, já q pelos livros citados aqui no blog, eu não imaginei q ele pudesse fazer parte da sua leitura. Gostou do livro?
e claro, sinto muito pelo seu amigo, é sempre muito duro perder alguém q se ama, ainda mais assim, sem uma razão plausível, tipo doença.
Eu não tenho medo da morte, nem acho que ela tenha uma cara, acho só que é um acontecimento, sem forma alguma.
ResponderExcluirMuitos temem o momento da morte. Para alguns chega a ser tornar uma fobia. Tenho uma amiga que sofre bastante com a fobia de morrer.
Eu sinceramente não temo. Acho que tenho mais medo das doenças graves do que propriamente da hora de morrer.
Beijocas
"A menina que roubava livros", Sentimental, eu li a bastante tempo, mas ainda o conservo em minha estante. Gostei muito desse livro. E a respeito dos títulos aqui citados, bem, conforme vamos envelhecendo, pelo menos no meu caso, damos mais atenção aos clássicos. Mas já li muito best seller também e acredito que muitos têm sua iniciação na literatura por meio deles.
ResponderExcluirAqui eu tenho de tudo um pouco, até os q entram na lista de menos lidos... gosto de ter a minha impressão sobre as coisas, tudo bem q uma boa crítica até ajuda, mas não me intimido com as críticas severas, delas até já tirei ótimos títulos.
ResponderExcluire A menina q roubava livros é ótimo, dos famosos é o q eu mais gosto.
Interessante forma de se abordar um assunto complexo e dolorido como este.É forte pra mim, o relato dos primeiros parágrafos. Fico sempre muito impressionada, sofro pelo outro. Bom seria, se esta que cedo ou tarde nos acompanha,(de preferência tarde e indolor)fosse como a simpática D.morte, que também povoa o meu imaginário.
ResponderExcluirAcho fantástico como o Maurício, cara que admiro muito também, trata o tema de modo natural e "leve" às crianças. Sigo sendo fã e levando os quadrinhos da Mônica aos meus alunos.
"A menina que roubava livros" é um livro que ainda preciso ler, pela curiosidade do título. Abrs.
Maurício de Souza é com certeza o herói de passadas e futuras gerações. Você verá também, com relação ao livro "A menina que roubava livros", que a história alcança algo além do que sugere o título.
ExcluirAbraço.